Braga Netto nega participação em tentativa de golpe e assassinato

O general Braga Netto negou, no último sábado (23), envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado e em qualquer tentativa de assassinato. Essa foi sua primeira manifestação pública após ser indiciado pela Polícia Federal.

Ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto foi apontado pela PF como integrante de uma organização criminosa que, junto com Bolsonaro e outros ex-integrantes do governo, teria planejado um golpe para manter o ex-presidente no poder após a derrota nas eleições de 2022. A investigação, que também incluiu suspeitas de um plano para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, indiciou 37 pessoas.

“Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de 'golpe dentro do golpe'. Haja criatividade…”, afirmou o general em uma rede social.

O relatório final da investigação tem mais de 800 páginas e será enviado ao Supremo Tribunal Federal. Caberá à Procuradoria-Geral da República decidir se apresentará denúncia contra os indiciados. Se aceita pelo STF, eles se tornarão réus e serão julgados pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.