Inflação desacelera em janeiro e registra menor taxa para o mês desde 1994

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, desacelerou para 0,16% em janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma desaceleração em relação a dezembro, quando a inflação havia sido de 0,52%, e marca a menor variação para o mês de janeiro desde a criação do Plano Real, em 1994.

Entre os grupos de produtos e serviços avaliados, o maior impacto veio de Transportes, que subiu 1,30% e contribuiu com 0,27 ponto percentual no índice. Em seguida, aparece Alimentação e Bebidas, que avançou 0,96% e adicionou 0,21 ponto percentual ao IPCA. Por outro lado, a categoria Habitação teve queda de 3,08%, ajudando a conter a inflação, com um impacto negativo de -0,46 ponto percentual.

O aumento no setor de Transportes foi impulsionado pelas passagens aéreas, que tiveram alta de 10,42%, e pelos reajustes das tarifas de ônibus urbano em diversas capitais, elevando o preço médio em 3,84%. No grupo de combustíveis, também houve avanço, com destaque para o etanol (+1,82%), óleo diesel (+0,97%), gasolina (+0,61%) e gás veicular (+0,43%).

O grupo Alimentação e Bebidas teve o quinto aumento consecutivo, puxado principalmente pelas altas da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%) e do café moído (8,56%). Em contrapartida, alguns produtos tiveram queda nos preços, como a batata-inglesa (-9,12%) e o leite longa vida (-1,53%).

Já o setor de Habitação registrou a maior queda do mês, influenciado pelo recuo de 14,21% no preço da energia elétrica residencial. A redução ocorreu devido ao crédito do bônus de Itaipu, que foi aplicado nas faturas emitidas em janeiro.