
Lula classifica denúncia contra Bolsonaro como “extremamente grave”
por FELIPE VITAL
POLÍTICA
Lula classifica denúncia contra Bolsonaro como “extremamente grave”
Presidente afirmou que, se comprovadas as acusações, ex-mandatário não terá outra saída senão a prisão.
FELIPE VITAL - 20/02/2025 15:04:35


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta quinta-feira (20), que considera "extremamente grave" a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. Em entrevista à Rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro, Lula afirmou que, caso as acusações sejam comprovadas, Bolsonaro e sua equipe não terão outra saída senão a prisão.
“O que eu vi pela denúncia que foi publicada ontem é que é grave. É muito grave. […] Eu acho que eles terão o direito de se defender, de dizer que é mentira. Mas se for provado, não tem outra solução senão ser condenado”, disse o petista.
Lula também mencionou as acusações contidas na denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Segundo o presidente, os relatos sobre a tentativa de golpe, o envolvimento do alto escalão do governo Bolsonaro e até planos de assassinato de autoridades reforçam a gravidade da situação.
“A denúncia feita pelo procurador-geral da tentativa de golpe, da participação do ex-presidente, do primeiro escalão dele, da tentativa de morte de um ministro da Suprema Corte Eleitoral, da tentativa de assassinato de um presidente da República e de um vice-presidente, é uma coisa extremamente grave. Eu tenho certeza de que se for provado, ele só tem uma saída: ser preso”, afirmou Lula.
Na terça-feira (18), a PGR apresentou denúncia contra 34 pessoas, acusadas de envolvimento em uma trama golpista que teria como objetivo manter Bolsonaro no poder mesmo após sua derrota nas eleições de 2022. De acordo com a PGR e a Polícia Federal (PF), o ex-presidente era o líder da organização criminosa.
A acusação marca a etapa mais avançada da investigação contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos anos, a PF concluiu que o ex-mandatário cometeu crimes em pelo menos cinco investigações em andamento no tribunal. Em três delas, ele já foi indiciado.