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Venezuela: CNE Classifica como "Ilegal e Mentiroso" Informe da ONU sobre Eleição de 28 de Julho

por AGENCIA BRASIL
2024-08-15 18:17:21
POLÍTICA

Venezuela: CNE Classifica como "Ilegal e Mentiroso" Informe da ONU sobre Eleição de 28 de Julho

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela reagiu fortemente ao informe preliminar publicado por Especialistas Eleitorais das Nações Unidas (ONU) sobre as eleições presidenciais realizadas no dia 28 de julho.

AGENCIA BRASIL
Foto: Divulgação

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela reagiu fortemente ao informe preliminar publicado por Especialistas Eleitorais das Nações Unidas (ONU) sobre as eleições presidenciais realizadas no dia 28 de julho. Em comunicado divulgado na quarta-feira (14), o CNE chamou o documento de "ilegal", "mentiroso" e "cheio de contradições".

Críticas ao Informe da ONU


Segundo o CNE, o informe publicado pelos especialistas da ONU é considerado ilegal porque, segundo o órgão venezuelano, viola o acordo estabelecido entre a organização internacional e o Poder Eleitoral da Venezuela. O CNE alegou que a publicação do informe não estava prevista nas funções acordadas e acusou os especialistas da ONU de agirem com "intencionalidade política perversa".

O informe da ONU afirmou que a eleição presidencial venezuelana não atendeu às medidas básicas de transparência. Em resposta, o CNE declarou que quase mil observadores internacionais acompanharam o processo eleitoral, refutando as alegações de falta de transparência.

Contestação de Alegações Específicas

Entre as supostas "mentiras" apontadas pelo CNE, está a afirmação de que houve mudanças de última hora nas mesas de votação. O órgão afirmou que todos os eleitores venezuelanos podem verificar antecipadamente seu local de votação, que não é alterado no dia da eleição.

O CNE também criticou o informe por questionar a veracidade de um ataque cibernético que, segundo o órgão, afetou os sistemas de divulgação de resultados. O CNE argumentou que empresas e especialistas, tanto nacionais quanto internacionais, confirmaram o ataque, e que "terroristas" reivindicaram o crime em redes sociais.

O CNE justificou a não divulgação imediata dos resultados, citando os ataques cibernéticos como a causa principal. Além disso, o órgão enfatizou que na Venezuela o voto é eletrônico e o escrutínio é automatizado, garantindo a integridade dos dados, ao contrário das atas manuais, que o CNE considera suscetíveis à falsificação.

Resposta à Investigação do Ministério Público

As atas eleitorais publicadas pela oposição na internet, que indicam uma vitória do opositor Edmundo González, estão sob investigação do Ministério Público da Venezuela, que acusa os opositores de falsificação. O CNE argumentou que a tentativa de validar essas atas reflete uma "agenda política" guiada pelos especialistas da ONU.

Informe da ONU

O painel de quatro especialistas da ONU divulgado na terça-feira (13) criticou o processo eleitoral venezuelano, afirmando que o anúncio dos resultados sem a divulgação detalhada dos mesmos não tem precedentes em eleições democráticas contemporâneas. O informe concluiu que o Poder Eleitoral venezuelano não cumpriu com as medidas básicas de transparência e integridade necessárias para a realização de eleições credíveis.

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