Desemprego sobe para 6,5%, mas tem menor taxa para trimestre desde 2012

A taxa de desemprego no Brasil alcançou 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo IBGE. O índice representa um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando estava em 6,2%. Apesar da alta recente, o resultado ainda é o menor para um trimestre finalizado em janeiro desde o início da série histórica do IBGE, em 2012, empatando com o índice registrado em 2014.

Atualmente, 7,2 milhões de brasileiros estão sem emprego, um aumento de 5,3% em relação ao trimestre anterior. No entanto, na comparação com o mesmo período de 2024, houve uma redução de 13,1% no número de desempregados, o que equivale a menos 1,1 milhão de pessoas.

A população ocupada no país é de 103 milhões de trabalhadores, o que representa uma queda de 0,6% no trimestre (menos 641 mil pessoas), após uma sequência de recordes. Em relação ao ano passado, houve um aumento de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas). Com isso, a taxa de ocupação ficou em 58,2%, com leve recuo de 0,5 ponto percentual no trimestre, mas crescimento de 0,9 ponto percentual na comparação anual.

Entre os trabalhadores com carteira assinada, o total chegou a 39,3 milhões, mantendo-se estável no trimestre, mas com alta de 3,6% em relação ao ano anterior (1,4 milhão de novos empregos formais). Já o número de empregados sem carteira assinada caiu no trimestre, totalizando 13,9 milhões (queda de 553 mil pessoas), mas teve crescimento de 3,2% no ano (mais 436 mil pessoas).

A informalidade segue alta, atingindo 38,3% da população ocupada (39,5 milhões de trabalhadores). No trimestre anterior, o percentual era de 38,9%, e no mesmo período de 2024, de 39%.

No setor público, o número de funcionários caiu 2,8% no trimestre, chegando a 12,5 milhões de pessoas, mas apresentou um crescimento de 2,9% na comparação anual, o que representa um acréscimo de 352 mil servidores.