Catanduva registra um dos piores níveis de poluentes inaláveis em 2024

Catanduva está entre as cidades do estado de São Paulo com os piores níveis de poluentes inaláveis em 2024, de acordo com um estudo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Este ano já é considerado o mais poluído da última década, com concentrações preocupantes de partículas invisíveis derivadas de queimadas, processos industriais e do solo.

A pesquisa considerou dados das estações de monitoramento contínuo entre 2014 e 2024, e a meta da Cetesb foi aproximar os resultados das diretrizes de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 24 de agosto, Catanduva registrou 234,1 microgramas por metro cúbico de MP10, material particulado com até 10 micrômetros de diâmetro, superando em 42% o limite de qualidade estabelecido pela agência.

Ribeirão Preto lidera a lista das cidades com os piores índices, registrando naquele mesmo dia uma concentração de 3.000% acima do limite para MP10 e 2.500% para partículas finas, como o MP2,5, que é ainda mais prejudicial à saúde por penetrar mais profundamente nos pulmões.

Catanduva, ao lado de cidades como São José do Rio Preto, Santa Gertrudes e Jundiaí, compõe o grupo das mais afetadas pela poluição atmosférica em 2024, um ano que já concentra 73% dos maiores índices de poluentes finos desde o início das medições. A escalada das queimadas e a prolongada seca no país têm agravado a situação, sobrecarregando o sistema de saúde e intensificando sintomas alérgicos e respiratórios na população.

De acordo com o último Boletim Diário de Qualidade do Ar da CETESB, divulgado nesta sexta-feira (27), Catanduva está com uma classificação considerada "Muito Ruim".