Coreia do Sul: assessores, chefe de gabinete e ministro da Defesa renunciam
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Coreia do Sul: assessores, chefe de gabinete e ministro da Defesa renunciam
A decisão ocorre em um momento de forte pressão política e protestos populares, desencadeados pela tentativa do presidente de justificar a imposição da lei marcial.
- 04/12/2024 15:49:06
Dez dos principais assessores do presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, incluindo o chefe de gabinete Chung Jin-suk, apresentaram suas renúncias nesta quarta-feira (4). Horas depois, o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, também pediu afastamento, aumentando a tensão em meio à crise gerada pelo recente decreto de lei marcial. A medida, que restringia direitos civis e substituía as leis normais por regras militares, foi revogada após a Assembleia Nacional votar pela anulação.
Entre os que renunciaram, estão o conselheiro de Segurança Nacional, Shin Won-sik, e Sung Tae-yoon, chefe de gabinete para política, além de outros sete membros do alto escalão do governo. A decisão dos assessores ocorre em um momento de forte pressão política e protestos populares, desencadeados pela tentativa do presidente de justificar a imposição da lei marcial como uma forma de combater supostas "forças antiestado" e influências pró-Coreia do Norte.
Yoon, que governa o país há dois anos, acusou a oposição de tentar desestabilizar o governo e paralisar suas funções. Entretanto, críticos apontam que a medida drástica foi uma resposta às derrotas recentes do presidente no Parlamento, onde a oposição é maioria, incluindo a rejeição de propostas orçamentárias e uma moção de impeachment contra promotores, classe à qual Yoon pertenceu antes de assumir a presidência.