Argentina adere à Aliança contra a Fome e a Pobreza durante cúpula do G20
por FELIPE VITAL
POLÍTICA
Argentina adere à Aliança contra a Fome e a Pobreza durante cúpula do G20
Apesar da adesão tardia, a postura de Milei em relação a temas como as mudanças climáticas tem gerado preocupações entre autoridades.
FELIPE VITAL
A Argentina confirmou sua adesão à Aliança contra a Fome e a Pobreza na tarde desta segunda-feira (18), durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro. O pacto foi uma das principais bandeiras da presidência brasileira do G20 e foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro dia do encontro de líderes.
Com essa adesão, a Argentina se junta aos 148 membros da aliança, incluindo 82 países. O país sul-americano não estava inicialmente na lista de membros, sendo incluído apenas em uma segunda versão.
Em coletiva de imprensa, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, que representa o Brasil na aliança, explicou que a demora da Argentina para aderir foi resultado de um processo de "negociação". "A Argentina participou desde o primeiro momento, esteve presente na construção e em outros fóruns. O presidente Milei, quando a primeira lista foi publicada, ainda estava em processo de diálogo e entendimento", afirmou Dias.
O ministro também destacou que o presidente argentino, Javier Milei, reconheceu o aumento alarmante da pobreza no país, que atualmente ultrapassa 50%, o que impulsionou a decisão de finalmente aderir à aliança. A entrada da Argentina foi formalizada logo após o anúncio, com a organização emitindo uma declaração oficial sobre a adesão.
No entanto, a postura de Milei em relação a temas como as mudanças climáticas tem gerado preocupações entre autoridades, principalmente no que diz respeito ao consenso para a declaração final do G20.