PSB entra com ação contra prefeito Padre Osvaldo por abuso de poder eleitoral
por FELIPE VITAL
POLÍTICA
PSB entra com ação contra prefeito Padre Osvaldo por abuso de poder eleitoral
Partido solicita cassação de candidatura e investigações sobre uso indevido de recursos públicos nas eleições de 2024.
FELIPE VITAL
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) protocolou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o atual prefeito de Catanduva, Padre Osvaldo de Oliveira Rosa (PL), e seu vice, Cláudio Romagnolli. A denúncia aponta abuso de poder político e de autoridade, alegando que a dupla utilizou a estrutura da Guarda Civil Municipal (GCM) em benefício de suas campanhas para as eleições de 2024.
Representada pelo advogado Wilton Luís de Carvalho, a ação reúne provas como vídeos, imagens e depoimentos que corroboram as alegações de uso indevido de recursos públicos e perseguição a adversários políticos. O PSB sustenta que os atos praticados pelo prefeito e vice têm como objetivo prejudicar a oposição e desequilibrar o cenário eleitoral.
Entre os episódios destacados, um dos mais relevantes ocorreu durante um evento de pré-campanha da adversária Beth Sahão (PT), em 13 de julho. O PSB afirma que um membro da GCM interrompeu o discurso da candidata, exigindo a remoção de veículos estacionados de forma irregular, uma ação vista como interferência política da GCM, supostamente a serviço do prefeito.
Outra acusação grave envolve a GCM acompanhando uma carreata de Padre Osvaldo, em 9 de setembro, o que, segundo o partido, configura uso indevido de agentes públicos em campanha eleitoral. Além disso, o PSB menciona a apreensão de um veículo da campanha de Beth Sahão menos de 24 horas após uma ordem judicial, o que demonstra uma rapidez incomum em ações direcionadas a adversários. A ação também critica a divulgação de imagens da prisão do advogado Cássio de Freitas, ex-candidato à Prefeitura de Novo Horizonte, associando sua detenção ao PT, como uma tentativa de intimidação.
O partido também denuncia o uso de grupos de WhatsApp ligados à administração municipal para disseminar fake news contra a oposição, utilizando mensagens com hashtags associadas à campanha de Padre Osvaldo e Cláudio Romagnolli.
Diante dos fatos, o PSB pede à Justiça Eleitoral a cassação dos registros de candidatura de Padre Osvaldo e Cláudio Romagnolli, além de declarar ambos inelegíveis por oito anos, conforme a Lei da Ficha Limpa. O partido requer ainda a aplicação de multas variando entre cinco mil e cem mil UFIRs, dependendo da gravidade das infrações.
Agora, a Justiça Eleitoral deverá analisar as evidências apresentadas e decidir sobre a possível configuração de abuso de poder político. Se a decisão for favorável ao PSB, ambos acusados podem ser barrados de concorrer nas próximas eleições, e suas campanhas poderão enfrentar severas sanções.