PF prende grupo suspeito de planejar assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes
por FELIPE VITAL
GOLPE
PF prende grupo suspeito de planejar assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes
Segundo a PF, os suspeitos começaram a monitorar o deslocamento das autoridades em novembro de 2022, logo após uma reunião na casa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro.
FELIPE VITAL
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou pública nesta terça-feira (19) a decisão que autorizou a operação da Polícia Federal que prendeu quatro militares do Exército e um agente da PF. O grupo é suspeito de tramar um golpe de Estado em 2022 para prender e assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o próprio Moraes, que presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época.
De acordo com a investigação, os suspeitos começaram a monitorar o deslocamento das autoridades em novembro de 2022, logo após uma reunião na casa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro. A PF detalhou que o grupo considerou métodos como envenenamento e explosões para assassinar Moraes. Segundo as mensagens obtidas, os golpistas estavam cientes dos riscos elevados, incluindo suas próprias mortes, mas consideravam os danos "admissíveis" para alcançar seus objetivos.
Entre as ações planejadas, o grupo também teria discutido envenenar Lula, explorando sua vulnerabilidade de saúde e visitas a hospitais, e eliminar Alckmin para inviabilizar a linha sucessória da chapa presidencial vencedora. Codinomes como "Joca" eram usados para se referir ao vice-presidente eleito.
A investigação apontou que, em 15 de dezembro de 2022, os suspeitos chegaram a se posicionar em Brasília para uma "ação clandestina" contra Moraes. Contudo, o plano foi abortado, sem que as mensagens esclarecessem os motivos da desistência.