Brasil registra menor índice de pobreza da história do IBGE
por FELIPE VITAL
DADOS
Brasil registra menor índice de pobreza da história do IBGE
Pesquisa revela dados sobre condições de vida em 2023. Apesar da melhora, desigualdades regionais e sociais persistem.
FELIPE VITAL
O Brasil alcançou, em 2023, os menores níveis de pobreza e extrema pobreza desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2024, a melhora se deve ao dinamismo do mercado de trabalho e à ampliação de benefícios sociais.
Pelo parâmetro do Banco Mundial, é considerada pobre a pessoa com renda inferior a R$ 665 por mês (US$ 6,85/dia) e extremamente pobre quem vive com menos de R$ 209 mensais (US$ 2,15/dia).
Ainda assim, desigualdades regionais, de gênero e cor mostram desafios persistentes:
Dados regionais e demográficos
Regiões:
Pobreza é maior no Nordeste (47,2%) e no Norte (38,5%);
No Sul, Centro-Oeste e Sudeste, os índices são menores: 14,8%, 17,8% e 18,4%, respectivamente;
A extrema pobreza afeta 9,1% no Nordeste e 6% no Norte, mas cai para 1,7% no Sul.
Por gênero:
A pobreza atinge mais mulheres (28,4%) do que homens (26,3%);
Na extrema pobreza, a diferença é menor: 4,5% de mulheres e 4,3% de homens;
Por cor:
Pessoas pardas (35,5%) e pretas (30,8%) são mais impactadas que brancas (17,7%);
Na extrema pobreza, os números são 6% (pardas), 4,7% (pretas) e 2,6% (brancas).
Crianças e adolescentes seguem como o grupo mais vulnerável: 44,8% vivem em pobreza e 7,3% em extrema pobreza, enquanto idosos têm os menores índices, com 11,3% em pobreza e 2% em extrema pobreza.