PP de Araçatuba emite nota de repúdio contra reportagem que liga o partido ao PCC
por FELIPE VITAL
POLÍTICA
PP de Araçatuba emite nota de repúdio contra reportagem que liga o partido ao PCC
Sigilo de investigações e imparcialidade da imprensa são questionados pelo partido em declaração oficial.
FELIPE VITAL
O Partido Progressistas (PP) de Araçatuba divulgou, na manhã desta sexta-feira (29), uma nota de repúdio em resposta a reportagens que, segundo a legenda, têm caráter tendencioso e propagam fake news com o objetivo de influenciar o resultado das eleições municipais de 2024.
No comunicado, o PP nega qualquer vínculo com o crime organizado e critica o uso irresponsável de associações com políticos da sigla para gerar desinformação. "Até onde é possível baixar o nível para tentar interferir nas eleições?", questiona a nota, ressaltando a importância de uma imprensa imparcial e comprometida com a verdade, algo que, segundo o partido, os cidadãos de Araçatuba merecem.
A polêmica
O repúdio do partido vem após uma reportagem publicada no portal HojeMais - Araçatuba, na quarta-feira (25), que aponta uma possível ligação de membros do Progressistas com o crime organizado. Segundo a matéria, mensagens encontradas no celular de um homem de 29 anos, preso no início de maio pela Polícia Civil de Araçatuba e identificado como membro do PCC (Primeiro Comando da Capital), indicam a suposta participação de representantes do partido na locação de um ônibus.
Esse ônibus teria saído de Araçatuba em 28 de abril para uma manifestação em Brasília (DF) contra o fim da saída temporária, ocorrida no dia 29. As investigações resultaram na "Operação Ligações Perigosas", deflagrada no dia 6 de setembro pela Polícia Civil em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público. A operação incluiu buscas em endereços relacionados a três homens supostamente ligados ao PP, que atualmente possui um candidato concorrendo à prefeitura de Araçatuba.
Resposta do PP
O partido também menciona que a divulgação de informações provenientes de investigações sigilosas constitui crime, e que medidas legais serão tomadas caso jornalistas ou autoridades divulguem tais conteúdos de forma irregular.
A respeito da operação policial mencionada pela imprensa, o partido esclarece que os fatos investigados não têm relação com campanhas eleitorais do PP. "À época dos supostos acontecimentos, não havia candidatos oficializados para o pleito municipal de 2024", afirma a nota, destacando a desconexão entre os eventos e as atividades partidárias.
O partido reforça a necessidade de respeito aos princípios constitucionais, como a presunção de inocência, e enfatiza que as investigações devem se basear em provas concretas, sem influências externas que possam comprometer a justiça. Por fim, o PP critica a disseminação de fake news e as tentativas de manipular a opinião pública nas vésperas de eleições.