"A previsão é que vai manter esses casos altos", diz secretário de Saúde de Catanduva sobre casos dengue

De janeiro a setembro deste ano, Catanduva registrou 6.571 casos confirmados de dengue, segundo a Secretaria de Saúde da cidade. O painel de monitoramento estadual, atualizado até a última sexta-feira (25), aponta 6.646 casos. Esse número é significativamente maior que o registrado ao longo de todo o ano de 2023, quando a cidade teve 1.274 casos.

O município contabiliza 10 óbitos em 2024, sendo três em março, três em abril, três em maio e um em junho. As vítimas foram cinco homens e cinco mulheres, todos acima de 65 anos, exceto uma jovem de 21 anos. Além disso, três mortes ocorridas em junho e setembro estão em investigação.

Adriano de Araújo, secretário municipal de Saúde, comenta sobre as estratégias para enfrentar a alta nos casos de dengue, que, segundo ele, devem continuar elevados: “A previsão é que vai manter esses casos altos. Então, a nossa preocupação agora é começar a trabalhar já na prevenção, que ainda é a melhor maneira de combatermos a dengue. Para isso é necessário eliminar criadouros, que é o principal foco hoje, que é combater locais onde possa ter criadouros, onde possa ter as larvas, onde um mosquito possa estar colocando os ovos”.

Apesar das pulverizações realizadas pela cidade, que têm como alvo o mosquito adulto, Araújo reforça que o sucesso no combate à dengue depende da eliminação dos criadouros. “Para isso nós precisamos realmente de um auxílio enorme da população. Nesse período de estiagem, até a semana retrasada, mesmo sem chuva, mantivemos um número de dengue em toda a nossa região. Nas reuniões que a gente tem feito a nível estadual, isso não é uma especificidade da nossa região. Então quer dizer que o mosquito está dentro das casas.”